Arnold Schwarzzenegger, aquele dublê de ator que jamais fez um só filme que prestasse, quem diria, convenceu como governador. Recebido com enorme desconfiança num primeiro momento, mesmo num país que já elegera presidente outro ator canastrão (Ronald Reagan), foi aos poucos conquistando seu espaço político. Não digo isso porque se re-elegeu, mas porque tem mostrado serviço. Sua causa atual é o combate à poluição, na terra da poluição atmosférica, em tempos de aquecimento global como ordem do dia.
Schwarzza, assim como o americano médio, tem adoração por carros gigantescos e dirige um Hummer, aquele troço que mais parece um trator. Pesados, consomem muito mais combustível e poluem mais. Para não abdicar do veículo, aderiu ao hidrogênio e agora pilota um trator ecológico. Claro que não seria muito relevante uma ação individual isolada, mas o camarada tem contado com o apoio de seus colegas famosos, como George Clooney, que têm sido vistos com maior frequência a bordo de carros menos agressivos ao meio ambiente.
É deliberado. Trata-se de uma campanha para estimular o americano a trocar seus tanques por automóveis menores e menos beberrões.
Mas o meu elogio a Schwarzza é feito porque, nos Estados Unidos, as políticas ambientais são competência federal. Um absurdo, claro, mas não me surpreende, em se tratando de estadunidenses. Graças a isso, é George W. Bush, o anticristo, quem tem o poder de tomar decisões. E qual foi a decisão dele? Não aderir ao Protocolo de Kyoto — que pretende reduzir as emissões de poluentes atmosféricos — de jeito nenhum, pois isso prejudicaria a economia americana. Que tal? O sujeito merece ou não tudo o que se diz dele?
Schwarzza está ameaçando acionar judicialmente o governo federal, a fim de poder levar adiante sua política ambiental. Ou seja, ele quer vencer um entrave legal em nome de um interesse maior, a saúde das pessoas e do planeta. Fiquei gratamente impressionado e já entrei na torcida. Tomara que o brutamontes detone o idiota.
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