Há pessoas que procuram coisas nos lugares errados. Por exemplo: faz muito tempo que a qualidade do ensino passou a ser aferida por índices de aprovação. As escolas são obcecadas com o vestibular, agora desde o ensino fundamental. E as universidades tentam emplacar com números de colocação de seus egressos no mercado profissional. No caso do curso de Direito, a aprovação no exame da OAB é outra obsessão.
Sim, esses índices são úteis. Mas estão longe de retratar a realidade fielmente. Precisamos nos lembrar que as universidades são espaços de produção do conhecimento e não apenas de reprodução — em geral acrítica e avalorativa — dele.
Dito isto, é com alegria que vejo o Diário do Pará de hoje dar destaque ao Projeto Bee Cluster, um supercomputador desenvolvido pelos acadêmicos Antônio Borges Darwich, Rafael Timbó e Danilo Lopes, do curso de Ciência da Computação do CESUPA. Sob a orientação do professor e amigo Otávio Noura Teixeira, os três, que nesta sexta-feira (23) colarão grau, apresentaram o equipamento no último dia 11 de dezembro como trabalho de curso, para uma plateia que ia dos amigos pessoais à administração superior da instituição, consciente do divisor de águas que um evento desses significa.
Muito em síntese, um cluster é um conjunto de computadores, capaz de processar uma grande quantidade de informações por meio de um sistema operacional chamado sistema distribuído, que permite aos componentes trabalhar como se fosse uma só máquina. Não se engane com a pequena engenhoca que aparece na imagem: ela é só a ponta do iceberg.
Para compreender melhor o que significa esse empreendimento, melhor ir à fonte. Os jovens cientistas mantêm um blog, onde você poderá encontrar informações mais detalhadas, inclusive com vídeos.
Parabéns a todos os responsáveis pelo projeto.
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