sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Anote aí

Se for verdade o que disse a polícia aos jornalistas responsáveis por matéria publicada em O Liberal de hoje  de que não um, mas três advogados acorreram prontamente à Seccional da Cremação para patrocinar a defesa de Walter de Jesus Couto Santos, preso um pouco antes após aplicar o "golpe da saidinha" , podemos contar que esses crimes não estão ocorrendo por iniciativas deste ou daquele criminoso, deste ou daquele bando. Estaremos no campo do crime organizado. Criminosos estarão unindo esforços e recursos para montar uma verdadeira infraestrutura, que inclui uma equipe de defesa adrede constituída. É bom conferir se os acusados desse tipo de delito não são patrocinados pelos mesmos profissionais.
Esse tipo de prática nada teria de original. Já funciona amplamente no Rio de Janeiro, São Paulo e, de resto, onde mais exista uma boa máfia, desde os tempos dos gangsters americanos.
Melhor ficar de olho.

3 comentários:

Francisco Rocha Junior disse...

Yúdice,
a respeito do assunto, o CJK postou o seguinte: http://blogdocjk.blogspot.com/2009/01/notcia-velha.html
Tem ele razão. Lembro desta postagem. O Liberal de hoje faz estardalhaço em cima de fatos que há muito já são conhecidos da cúpula da Segurança Pública - que até hoje, pelo jeito, nada fez a respeito.

Unknown disse...

Muito grave.
E, se verdadeiro, desmonta a tese apresentada nos jornais de hoje sobre o "assalto repentino".

Yúdice Andrade disse...

Obrigado pela referência, Francisco. Fui lá dar uma olhada.

Juvêncio, a tese da "criminalidade repentina" foi mais uma dessas infelizes colocações feitas sem pensar, mas que geram conseqüências e se tornam tristemente antológicas.
Em todo caso, é fato que ninguém pode adivinhar que certa pessoa cometerá um crime em determinado momento. Nisso o secretário está certo. Contudo, a política de segurança pública, no seu aspecto preventivo, tem que levar em conta exatamente essa margem de imponderável, que aliás justifica o policiamento ostensivo. Se assim não for, chegaremos ao absurdo e ridículo de lavar as mãos porque não posso fazer nada. Estou pensando em escrever algo nesta perspectiva.