Minha querida comentarista Luiza Duarte deixou esta manhã uma avaliação muito lúcida do que temos conversado aqui no blog. Ei-la, com os meus agradecimentos:
Pela manchete do Liberal de hoje, a PM foi lá nos bairros "deles" e levou 200 pessoas para "averiguação". Ninguém se preocuou em passar pelas "nossas" festas no Umarizal, para deter alguém para averiguação. Pelo que entendi da matéria de hoje, os sujeitos estavam em festas e foram detidos, porque afinal, "marginal não merece beber, marginal não merece se divertir", nas palavras do novo delegado geral.
Pode-se alegar que 100 destes eram menores e sem dúvida deveriam ser retirados dali, mas apenas à título de comparação, as festas do Umarizal também são recheadas de menores, que, quando eventualmente são retirados destas, não ficam sentados no chão, com as mãos na cabeça, como mostra a foto de capa do jornal de hoje (ou da capa do Caderno Policial, não me recordo bem).Fico imaginando o critério utilizado para escolha dos indivíduos que seriam averiguados.
Acho que o Sr. Tamer se enganou. A brincadeira começou agora.
16 comentários:
Yudice a sua amiga Luzia esta coberta de razão , usa-se no caso em tela dois pesos e duas medidas, parece até que só mora marginal na periferia, e somente lá a lei pode chegar da forma ilegal que chegou . Prender para averiguações. Nos dias de hoje isso chega a ser ridículo , antigamento muito delegado fazia uso de tal ilegalidade para conseguir alguma ponta de advogados e cidadões de bem. Realemente o despreparo de nossa policia é monumental. E ainda vem a nossa charmosa governadora e diz que a culpa é do judiciário que solta os bandidos que ela prende. Ai eu digo, se a prisão é ilegal , deve logicamente ser relaxada ou será que voltamos ao tempo da prisão sem culpa formada, apenas para averiguações. Minha amiga Ana Claudia Pinho e o grande jurisconsulto Zafaroni devem estar loucos com a aplicação no Pará(terra de Direitos) do chamado direito penal minimo.
Abraço.
ADOLFO ALVES.
Respeito as ponderações dos colegas, mas vejo como correta a atuação da polícia nessa operação. Óbvio que há muito "filhinho de papai" com tendências criminosas nas boates chiques do Umarizal. Pensar que a pessoa é de boa índole só porque tem uma condição sócio-econômica privilegiada é tolice.
Mas nos bairros "deles", dos bandidos, é muito mais fácil encontrar gente com potencial para cometer crimes. Isso é óbvio, também.
A minha tristeza é que esse tipo de operação seja apenas pontual, imediatista, o que não vai contribuir para resolver o problema.
Sabe qual é outro grande problema? A mesma mídia que condena o crime e cobra "uma posição" das autoridades, é a mídia que comercializa espaço publicitário nos intervalos da programação televisiva e das páginas dos jornais para a divulgação das festas de aparelhagem, que nada mais são do que pontos de encontros de marginais. Claro, quanto mais se alimenta esse tipo de evento, mais crimes acontecem e mais sangue será derramado para vender jornal. Tudo em nome do lucro.
Como a maioria da população não possui senso crítico, não possui discernimento para perceber essa armadilha, essa tragédia social só cresce.
Anônimo, é inegável que os crimes mais violentos acabam sendo praticados por pessoas das esferas sociais menos abastadas, por um número sem fim de razões (incluindo o ambiente que os cerca, a ausência total de Estado, a necessidade, a brutalidade que lhes é imposta todos os dias, os direitos que lhes são negados, a humilhação, a indignidade, etc), que acabam tirando muito de sua sensibilidade e respeito pelos outros - o que é perfeitamente natural. É difícil exigir sentimentos nobres de quem é desrespeitado todos os dias pelo "sistema".
Esse embrutecimento das pessoas, porém, não fazem com quem todas elas se tornem marginais! De forma alguma! Apenas se chocam com menos facilidade, pois a violência lhes é banal e corriqueira.
Apesar de os números indicarem que a maioria dos criminosos violentos são oriundos dos bairros X, Y ou Z e frequentam aparelhagens, é completamente inadimissível que se parta do pressuposto de que todos os que estão ali são passíveis de uma detenção para averiguação! Isso não seria aceito em nenhuma boate/bar de classe média e não tem porque ser aceito nas aparelhagens. Ou você acha razoável um cidadão honesto, que saiu para se divertir, no tipo de festa que lhe agrada, passar a noite (ou mais de uma noite) detido enquanto a polícia checa se ele tem uma "ficha corrida"? Porque isso seria aceitável? E se ele tiver uma ficha corrida? Preenche as condições necessárias para aguardar o julgamento preso? São muitas questões a serem levantadas e que a polícia não pode desrespeitar para dar uma satisfação (fácil) para a sociedade.
Muita coisa precisa ser feita, mas o caminho não é esse. Não mesmo.
Pergunte aos parentes das pessoas que tiveram suas vidas cerceadas o que elas entendem por Estado Democrático de Direito...
Fui discípula da Ana Cláudia Pinho - jurista brilhante - defendendo, por muito tempo, o direito penal mínimo.
Hoje encaro seu discurso como teoria. E, ao imaginar um "marginal" desses colocando um revólver na minha cabeça ou na cabeça dos meus, não penso nas lindas teorias, infelizmente.
Quero que eles sejam mortos!
Desculpe-me, caro Yúdice, deve ser triste ver uma ex-aluna tão afastada de determinados parâmetros, mas a dose de violência diária não me permite tecnicismos.
Pode ser que amanhã não volte para casa, por conta "desses" que merecem tratamento penal e processual penal adequado - mesmo jurando que nunca reagirei a um roubo, quem me garante o direito à vida?
Jakobs tem lá sua razão. Há seres que não são dignos de ser tratados como pessoas.
Lamento, mais uma vez, por ter me afastado de pensamentos tão ilustrados, defendidos por vc, Ana Cláudia, Celso de Melo, Luiz Flávio Gomes, etc. Mas é o que penso, com minha limitações humanas.
Abraços.
Yúdice, junto-me a tua indignação e revolta. Tenho inscrito em meu blog (blogdomauroodealmeida.blogspot.com) sobre as cidades, e sobretudo Belém, e a violência que nos assusta.
É preciso mobilização da sociedade civil para transformar essas mortes em mudança de postura do Poder Público. Um abraço
Cara Rita Helena,
Sua concordância com Jakobs, de que "há seres que não são dignos de ser tratados como pessoas" me parece ter o mesmo significado que "Direitos Humanos para os Humanos Direitos".
Bem, todo professor de Direitos Humanos diz logo na primeira aula que estes se destinam, obviamente, aos humanos. Seu principal objetivo seria preservar a dignidade humana. De todos os humanos. Os humanos "errados" não deixam de ser humanos. São apenas humanos com desvios de caráter mais graves que os da maioria (sim, porque todos temos alguns). Em momentos extremos, alguém poderia argumentar que são "animais", "vermes" ou coisa que o valha, mas a quem cabe decidir?
Teria eu ou você a capacidade de determinar quem é humano ou não é? E que poderes seriam estes dados a um juiz, para decidir quem seria merecedor de dignidade e respeito, ou seja, decidir quem é humano ou não? Poderes divinos, praticamente.
Entendo que a socidade como um todo esteja embrutecida, desacreditada nas instituições. Por esse motivo, alguém que roubou uma bolsa pode ser espancado pela população, se não conseguir fugir. Um batedor de carteiras deixou de ser humano? Ou os que os espancaram também deixaram?
Esse "olho por olho, dente por dente" é resultado da falência total do Estado brasileiro. Estamos regredindo ao momento anterior àquele em que renunciamos à nossa liberdade para garantir a nossa sobrevivência.
Desrespeitar direitos e garantias fundamentais pode ter um efeito a curto prazo, mas o futuro não seria nada promissor.
(ANÔNIMO DAS 2:21 PM)
Luiza Duarte,
Mais uma vez, sua abordagem é lúcida e coerente. Não faço qualquer objeção. Todavia, observe que essa operação ocorrida nos bairros "deles" tem valor simbólico imensurável. É uma forma de a polícia dizer "nós estamos aqui, nós estamos agindo, não há espaço pra bandido nesta cidade".
Em época como a atual, quando tudo parece fácil e livre para os criminosos, é necessário que a polícia dê uma resposta como essa. Mesmo que seja - repito - como mero valor simbólico.
Como eu mesmo disse, só é uma pena que essa ação seja "fogo de palha" e não vá resolver o problema. Na verdade, o uso da força policial deve ser o último recurso para o Estado garantir a paz social e proteger a integridade física do cidadão. Antes de tudo, está a Educação. Investir nisso é fundamental para solucionar o problema da violência a longo prazo.
Mas não bastam investimentos superficiais, como inaugurar uma escolinha com 4 salas de aula na periferia. É preciso ir além, valorizando o professor e criando no alunado a percepção de que a Educação é o caminho para uma vida melhor.
Veja o que tem acontecido nas Escolas Públicas Estaduais: em vez de se destacaram pelo brilhantismo intelectual de seus alunos, ganham notoriedade pelos confrontos entre gangues estudantis. Que triste! Sinal de que algo está errado. A avassaladora onda de violência é apenas consequência da pouca importância que nossos políticos dão à causa educacional.
Quando eu critiquei as aparelhagens, o fiz porque elas deseducam, emburrecem e embrutecem jovens que precisam exatamente do contrário. Que "eles" precisam se divertir, não há dúvida. Todos nós precisamos. Mas que seja uma diversão sadia, enriquecedora e positiva.
É isso.
(ANÔNIMO DAS 2:21 PM)
Adolfo, anônimo e Luiza, vocês viraram postagens próprias. Está sendo uma alegria e uma honra debater com a presença dos três. A propósito, anônimo, o resgate da educação - de fundo, e não apenas no discurso - foi espetacular.
Querida Rita, não fico triste com o que tu mesma chamas de afastamento de pensamentos ilustrados, numa linha humanitária. Porque compreendo que as circunstâncias estejam mexendo com as emoções das pessoas. Fico, sim, um pouco surpreso, porque te conheci com um temperamento diferente. Mas esse é o problema dos nossos tempos: eles estão nos embrutecendo. Esta é apenas uma constatação e não um juízo de valor a teu respeito, muito menos negativo.
Não sei se foste vítima da violência, ou alguém que amas, mas eu fui pessoalmente e pessoas ligadas a mim também, mais de uma vez. Tive acesso de fúria, adorei ver o criminoso na mala da viatura, quis bater nele, fui tirar satisfações na delegacia, etc. Enfim, extravasei. Mas depois disse a mim mesmo que precisava decidir que tipo de pessoa eu era. Se eu seria quem eu mesmo queria ser, ou se me deixaria ser transformado por aquele assalto. Mudei alguma coisa, também me embruteci, mas continuei sendo quem era.
Acho que esse é um esforço que todos devemos fazer, sob pena de a vida se tornar verdadeiramente insuportável.
Mauro, já fui te visitar lá no teu blog. Volta sempre. Um abraço.
Luiza, querida, tuas palavras nos colocam num nível mais filosófico, desafiando análises muito profundas, que o brasileiro médio, infelizmente, não está apto a fazer. Porque chegamos à profundidade da condição humana.
Fico encantado com a tua lucidez e teus bons propósitos de vida, em meio a todo esse turbilhão.
Luiza, duas perguntas:
1) Você iria a uma festa de aparelhagem?
2) Você moraria nos bairros "deles", classificados por você como X, Y ou Z?
Paulo Torres
Paulo,
A minha resposta é "não" para ambas as perguntas. Há bairros em que não gosto de ir nem mesmo de dia, imagine a um evento noturno. De qualquer forma, não é por preconceito, por achar que os que ali habitam (ou frequentam) são marginais. Pelo contrário, são mais vítimas do que eu, sem opção de algo um pouco menos perigoso. Minha prevenção em relação à Jurunas, Terra Firme, Telégrafo, etc, é uma questão prática: os números dizem que ali a violência é maior; em alguns casos, quase certa.
Não vejo, contudo, como isso pode diminuir meus argumentos. Uma coisa é se precaver da violência, outra bem diferente é achar correto que a polícia presuma que todos ali são criminosos, desrespeitando princípios como a presunção da inocência.
A violência nestes locais é quase certa não porque ali habitam alguns marginais, até porque sem dúvida eles teriam mais interesse em agir em áreas abastadas (como aliás, já fazem). A violência é maior porque a polícia se importa menos com aquela área, dando mais liberdade para ação aos bandidos. Então, ao invés de suprir suas próprias falhas, proporcionando dignidade, educação e segurança às pessoas que ali habitam, o Estado às trata como seres desprovidos de direitos e presumidamente culpados.
Verdade seja dita: o ser humano tem uma inexplicável atração pela violência, talvez resquício do seu passado pré-histórico. A violência rende assunto, vende jornal e gera debates como este aqui. Se estivesse tudo na mais perfeita calmaria, será que estaríamos discutindo como é maravilhoso viver numa cidade em paz? Será que o debate estaria tão interessante, tão quente?
(O ANÔNIMO)
'Nós' estamos perdendo a batalha para 'eles'
Somos pessoas que crescemos com base familiar, religiosa, cultural e que almejamos estudar, apreender, trabalhar, falar outras línguas, conhecer outros países, obter títulos de graduação, pós-graduação, aprimorar nossos conhecimentos científicos, técnicos, vontade de adquirir cultura, conhecimento, de crescer espiritualmente, ter amizades, sermos saudáveis e bonitos, usufruir um lar aconchegante, de tecnologias, de prover um bom futuro para nossos filhos, de nos aproximarmos de Deus, ajudar o próximo, envelhecermos com dignidade até que chegue a hora de uma morte digna, natural, à vontade do Pai.
'Eles' não têm nada na vida, nunca tiveram, nunca terão, não têm sequer capacidade para assimilar o que conhecemos, de desejar o que almejamos, de visualizar o que enxergamos, não têm esperanças, não têm cultura, não têm expectativas de progresso, são inúteis, não servem para nada, são parasitas, ignorantes, incapacitados, maus, perversos, irrecuperáveis, nunca usufruíram do mínimo de dignidade que o ser humano deveria ter. São humanos somente pela constituição física e biológica, mas não podem ser tratados como tais, a única serventia que eu vislumbro para 'eles' é servirem de cobaias de experimentos científicos ou de banquete antropofágico para nós.
Não temos culpa disso, mas certamente os corruptos, corruptores e os drogados têm, pois são os responsáveis pela miséria e pela violência. E não pensem que somente os políticos são os responsáveis pela problemática social que nos encontramos. É no dia a dia que o cidadão deve evitar a corrupção, o 'jeitinho' brasileiro, o 'se dar bem', de 'levar aquela vantagem a mais'. Um mínimo e 'inofensivo' cigarro de maconha já coloca uma arma na mão 'deles'. Uma pequena propina já gera conseqüências desastrosas, assim como a compra de pirataria.
'Eles' são como os famigerados radicais terroristas, que de tanta inveja do modo de viver e de pensar do povo ocidental capitalista se fecham numa doce ilusão de que terão tal vida quando morrerem. Alá proverá uma vida anglo-saxônica para eles. 'Eles' também têm raiva de nós e sem piedade estão nos matando. Recentemente foram vítimas vários médicos, advogados e estudantes.
Tenho a sensação de que seremos exterminados, aos poucos, nossos parentes e amigos. Os que não forem mortos por 'eles', viverão apavorados, com saudades, traumas e com medo de encontrar com 'eles'. Temos que exterminá-los, antes que eles nos exterminem! É guerra! Será que ainda ninguém percebeu?
Débora Soares
Enquanto Paulo e Luiza debatem elegantemente, o anônimo que se assina "O ANÔNIMO" nos lembra uma grande verdade: não estaríamos aqui falando tanto do mesmo assunto se não houvesse essa triste característica na humanidade: inclinação à violência.
Muitos dirão que essa não é uma característica real - talvez numa visão meio rousseauniana do bom selvagem -, mas suspeito que ela seja entranhada demais nas pessoas para ser ignorada.
Débora, com todo o respeito, preciso dizer que fiquei chocado com as suas declarações. Não tanto com as expressões de efeito - "cobaias de experimentos científicos" e "banquete antropofágico para nós", que considerei apenas recursos retóricos -, mas pela sua convicção absolutamente maniqueísta de que a sociedade está dividida entre pessoas boas e más e, o que é pior, como se isso fosse uma verdade absoluta.
Eu poderia lembrá-la que, assim como há referenciais objetivos e facilmente aferíveis (uma parede de tijolos é dura, gelo é frio), a maioria deles é subjetiva e portanto depende da visão e dos objetivos do observador. Se uma pessoa é bonita ou feia, boa ou má, p. ex., são questões sem resposta exata, que dependem do julgamento de terceiros.
Tenho até medo de saber quem são esses "nós" e esses "eles" a quem você se refere com entusiasmada fé, no primeiro caso, e com extremo desprezo, no segundo. Respeito e até compartilho de sua preocupação com segurança pessoal, mas ela não conduz às draconianas, injustas e irreais conclusões a que você chega.
Como acredito que seria o caso de você refletir um pouco mais sobre esses conceitos, não tenho mais a dizer, ao menos por enquanto.
Com todo o respeito, fique bem entendido.
Luiza, eu só acho que está na hora de você também ter um blog. Você escreve muito bem, com pensamentos bem articulados, idéias coerentes e segurança no que diz. Gosto de ler seus textos. Eu seria seu leitor assíduo.
(O ANÔNIMO)
A Débora exagerou e botou para fora todo o preconceito que existe em pessoas que egoisticamente só se preocupam quando a realidade social bate a seu porte e por incrível que pareça se imagina melhor que outros, que talvez não possuam seu poder financeiro ou retórico, mais que com toda certeza possuem um coração mais ameno e menos dado a ódio e desprezo. Cara Amiga encastelasse em seu sacro santo lar e viva essa sensação de superioridade que nutrem apenas os medíocres de espírito e levianos de coração e mente. Porém, Lembre-se de uma coisa você esta deitada sobre um esgoto e não dá para fazer de conta que não esta sentindo o cheiro dessa podridão.
Caro blogueiro Yudice , realmente essa sua comentarista me deu medo , seu espirito emana um preconceito social e humano que imaginava superado.
Abraço.
ADOLFO ALVES.
O ANÔNIMO, muito obrigada pelo incentivo, mas acho que nesse momento não teria como me comprometer com uma rotina regular de postagens e busca por assuntos interessantes. Quem sabe um dia?
Professor, como sempre, fico lisonjeada com seus comentários. É sempre bom ouvir elogios de quem admiramos e pode ter certeza que o senhor está nessa lista, pela visão sempre sensível, generosa e atenta às sutilezas que nos cercam, além do amor demonstrado pela sua família, pois nem todos valorizam tanto o que realmente importa nessa vida.
Abraços.
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