quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Colação de grau

A cerca de três meses de completar dez anos de existência, o curso de Direito do CESUPA forma hoje, em cerimônia a partir das 18 horas, mais uma turma. Este acontecimento, para mim, tem um significado todo especial. Afinal, trata-se da Turma Prof. Yúdice Randol Andrade Nascimento, homenagem com que me honram esses alunos tão queridos, que me proporcionaram momentos adoráveis, durante os três semestres letivos de nossa convivência cotidiana. O amigo Sandro Alex de Souza Simões deve ter amanhecido com idêntico júbilo, escolhido que foi paraninfo da turma.

Quando se entra pela primeira vez numa sala de aula, nunca se sabe o que vem pela frente. A experiência pode não ser satisfatória e até mesmo chegar ao insucesso. Graças a Deus, posso me orgulhar de um saldo altamente positivo. Dei umas tantas cabeçadas mais no começo da carreira, mas suponho ter aprendido com elas, já que nos últimos anos, na docência, tenho voado em céu de brigadeiro. Até chegar a uma situação inédita como esta, que deixaria qualquer um exultante.

Mais tarde, comungarei da alegria dos novos bachareis em Direito e suas famílias. Felicidades para eles. Que tenham uma carreira abençoada. E uma vida mais ainda.

9 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

Boa sorte a todos e parabéns pela escolha do nome da turma.

Luiza Montenegro Duarte disse...

Sem dúvida, uma homenagem merecidíssima aos dois: Yúdice e Sandro. Ambos são ainda jovens professores e certamente tem um futuro brilhante reservado nas universidades.

Yúdice Andrade disse...

Muito obrigado, Fred. Que bom te ver de volta.

Deus te ouça, Luiza. Grato.

Anônimo disse...

Cara tú deves estar mais feliz que pinto no lixo e tens merecimento.
Abraço.
Adolfo Alves

Anônimo disse...

Parabéns, Yúdice!

Peço licença para colar a decisão do juiz Afif Jorge Simões Neto, do Juizado Especial Cível de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, proferida em um processo por danos morais em forma de verso, como sei, que você se interessa por essas situações, segue abaixo a notícia:

"O juiz de direito, Afif Jorge Simões Neto, do Juizado Especial Cível de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, proferiu a sua decisão em um processo por danos morais em forma de verso. "E fica aqui um pedido/ Lançado nos estertores/ Que a paz volte ao seu trilho/ Na terra do velho Flores," dizia a decisão, proferida na quarta-feira.

Em seu voto, o juiz decidiu que um conselheiro fiscal da 18ª Região Tradicionalista do Estado não era culpado em um processo movido por um patrão do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Presilha do Pago, que afirmava ter sido ofendido durante um pronunciamento feito pelo conselheiro. Segundo o processo, o acusado teria dito que o patrão não prestava conta das verbas públicas recebidas para a realização de eventos.

O voto, em julgamento de segunda instância, livrou o acusado de pagar os R$ 1,5 mil que havia sido estabelecido em primeira instância. O voto em verso foi acompanhado pelos juízes Eduardo Kraemer e Leila Vani Pandolfo Machado.

Leia a decisão do juiz:

"Este é mais um processo
Daqueles de dano moral
O autor se diz ofendido
Na Câmara e no jornal.

Tem até CD nos autos
Que ouvi bem devagar
E não encontrei a calúnia
Nas palavras do Wilmar.

Numa festa sem fronteiras
Teve início a brigantina
Tudo porque não dançou
O Rincão da Carolina.

Já tinha visto falar
Do Grupo da Pitangueira
Dançam chula com a lança
Ou até cobra cruzeira.

Houve ato de repúdio
E o réu falou sem rabisco
Criticando da tribuna
O jeitão do Rui Francisco

Que o autor não presta conta
Nunca disse o demandado
Errou feio o jornalista
Ao inventar o fraseado.

Julgar briga de patrão
É coisa que não me apraza
O que me preocupa, isso sim
São as bombas lá em Gaza.

Ausente a prova do fato
Reformo a sentença guerreada
Rogando aos nobres colegas
Que me acompanhem na estrada
.

Sem culpa no proceder
Não condeno um inocente
Pois todo o mal que se faz
Um dia volta pra gente.

E fica aqui um pedido
Lançado nos estertores
Que a paz volte ao seu trilho
Na terra do velho Flores."

Fonte: Terra Networks Brasil S.A.

Arthur Laércio Homci disse...

Caro Professor,

Em nome da turma DI10NA do CESUPA, agradeço o seu empenho durante a nossa graduação, tanto pelas maravilhosas aulas de Direito Penal (e olha que nem é uma das minhas paixões jurídicas), quanto pelos ensinamentos éticos, que nos fizeram refletir permanentemente sobre a "funcionalidade" de um bacharel em Direito para a sociedade, mormente para aqueles que mais necessitam de atenção especial, e que são cotidianamente relegados à margem da sociedade.

Abraço forte!

Arthur

Hellen Rêgo disse...

Parabéns Professor!

Anônimo disse...

Professor, obrigada por tudo. O nome de nossa turma não poderia ter sido outro!
Um grande abraço!

Yúdice Andrade disse...

A felicidade é maior que o merecimento, Adolfo. Mas o importante é ser felicidade!

Das 18h43, obrigado pela sentença-poema. Como eu disse em título de postagem tempos atrás, "Deus guarde os juízes poetas".

Arthur, mais do que o conteúdo técnico, essa capacidade de reflexão sobre a realidade é o que mais interessa. Felizmente, existem alunos como tu que, em vez de focar nos concursos, estão mais concentrados na ciência do Direito e suas implicações práticas. Suspeito que esses é que irão mais longe. A tua turma me dá grandes esperanças quanto a isso.

Muito obrigado, Hellen!

Vocês não sabem o quanto isso significa para mim, Wirna. Aliás, nossa foto, contigo chorando, ficou ótima.