Ontem à noite perguntei ao frentista de um posto de combustíveis — tipo de estabelecimento altamente visado para assaltos — como ele se sentia com o atual policiamento das ruas. Sua resposta foi entusiasmada: melhorou mais do que 100%! Não há mais nem porcentagem para isso!
Antes que eu pudesse achar qualquer coisa de sua euforia, a expressão mudou e veio o desabafo: "Mas depois que esse fórum acabar..."
O frentista provavelmente resumiu um sentimento generalizado na cidade: por enquanto está bom, mas como será depois de 1º de fevereiro?
Se uma rotina decente de policiamento ostensivo não for mantida doravante, as coisas piorarão para o governo do Estado. Afinal, depois de experimentar uma sensação de segurança, ficará bem mais difícil para todos suportar o contrário. As cobranças aumentarão, sem dúvida.
3 comentários:
Prezado Yúdice,
você conhece a peça de Nikolai Gogol, "O inspetor geral"? Ela é bastante ilustrativa para esclarecer tais casos.
Roberto Barros
Até porque, passado o Fórum, haverá uma "demanda reprimida" considerável nos diversos segmentos da criminalidade.
E mais! Desde a última segunda-feira e até o final do Fórum, estão proibidas festas de aparelhagem nos bairros de Canudos, Condor, Cremação, Guamá, Jurunas e Terra Firme. A medida também limita às 22h o funcionamento de bares nesses bairros, também até o final do evento.
Eu penso que, se isso fosse permanente e definitivo, resolveria metade do problema da criminalidade.
Ora bolas, bolotas e bolototas! Se a polícia proibiu as aparelhagens nos bairros periféricos citados e está restringindo às 22h o funcionamento de bares, é porque A POLÍCIA SABE da estreita relação entre álcool/aparelhagens e a criminalidade. Então, por qual motivo não proíbe essas aberrações de uma vez por todas, para todo o sempre?
Facilitaria em 1000% o trabalho deles mesmos, da polícia.
Paul McCartney Anônimo
Caro Roberto, agradeço a referência. Procurarei ler. Um abraço.
Já escutei várias pessoas falando nessa "demanda reprimida", Paul. E, convenhamos, é bem razoável esperar que algo assim aconteça. Afinal, a bandidagem também tem contas a pagar! Espero que a Ana Júlia realmente peça - e consiga - a permanência dos homens da Força Nacional por mais 90 dias, a fim de, ao menos, o retorno à dura realidade não acontecer de uma vez só. Deus ajude.
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