Marcelo Iúdice

Umas tantas vezes o meu nome foi confundido com o de Marcelo Castelo Branco Iúdice. Como ambos fizemos Direito, houve ocasiões em que falaram comigo na pressuposição de que se tratava dele. Não sei se ele passou pela mesma coisa, porque jamais o conheci. Tinha até vontade, mas não surgiu a oportunidade. A foto que aparece ao lado foi publicada na imprensa comum. Lembro-me de ter sido cumprimentado pela aprovação em um concurso público, presumo que o da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos — SEMAJ. O aprovado era ele. Infelizmente, não será nesta vida que nos conheceremos. Ontem à noite, Iúdice teve sua vida abreviada por um assaltante em fuga.
Ao chegar ao trabalho, fui informado de que algumas pessoas estão confundindo a vítima comigo. O amigo Lafayette, que sempre comenta aqui no blog, deixou um comentário dizendo que só constatara não se tratar da mesma pessoa ao ver a foto. Um ex-estagiário telefonou, preocupado. Escrevo esta postagem porque, tendo tomado conhecimento do sinistro já na condição de suposta vítima, pois ainda não vira nenhum jornal, atendi agorinha um telefonema de pessoa que, àquela altura, já sabia que não se tratava de mim. Outras pessoas, sobretudo no mundo jurídico local, devem estar fazendo a mesma confusão, inclusive porque eu também fui Procurador do Município, só que entre 2001 e 2003.
Iúdice, no caso do jovem sorridente da imagem, era nome de família — apelido de família ou patronímico, como dizemos em juridiquês. Sei que há uma família Iúdice no Município de Óbidos, de onde minha mãe é originária. O meu prenome se origina justamente daí. Meu nome completo é Yúdice Randol Andrade Nascimento e, portanto, não possuo nenhum vínculo com o rapaz.
Lamentando profundamente a falta de paz a que estamos relegados, o que mais uma vez se escancara, através do desperdício de mais uma vida jovem e produtiva, externo minha solidariedade aos familiares e amigos de Marcelo Iúdice. Que encontrem reconforto.

E as ligações continuam chegando. O dia de hoje está meio bizarro.