Minutos atrás, estava eu na fila de um supermercado. Enquanto aguardava, conversava com minha prima. Em dado momento, bati no braço dela com uma folha de papel que tinha na mão, de brincadeira, fingindo que brigava. O gesto brusco chamou a atenção de uma criança lá pelos seus sete anos, que acompanhava a mãe, dona do carrinho da minha frente. A menina me olhou entre surpresa e incomodada. Constrangido, disse que era uma brincadeira e fiz um carinho em minha prima, preocupadíssimo em não passar má impressão.
Mas eis que logo em seguida a mãe começa a brigar com a garota. Identifico duas frases: "Bote aqui" (apontando para a esteira onde colocamos as mercadorias) e "temos que pagar". A menina então tira um pacote de figurinhas que prendera por dentro da saia, escondendo com a camiseta. Contrariada, talvez, coloca o produto no meio dos outros.
Viro para minha prima e digo: "Eu estava preocupado com a menina? Ela está muito na minha frente!"
No caixa em que estávamos, não havia figurinhas. Logo, a menina pegara o pacote em algum outro ponto do supermercado e o escondera antes mesmo de chegar ao caixa. Estava resolvida a afaná-lo, pelo visto. Mas uma pronta e enérgica atitude da mãe evitou que ela se sentisse compensada por furtar. Graças a Deus.
A menina saiu com o pacote na boca. Mas a mercadoria foi paga. Espero que alguma coisa fique desta noite.
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