sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Preço dos carros

Que tal comprar um Toyota Corolla dos bons por R$ 44.411,00? Ou um Ford Fusion por R$ 37.293,00? Zero quilômetro, sem danos, na concessionária? Você pode. Desde que more em outro país.
Leia esta reportagem e conheça os fatores que determinam os absurdos preços de carros praticados no Brasil.

3 comentários:

Scylla Lage Neto disse...

Yúdice, eu e meus filhos nos demos ao trabalho de converter os preços de vários anúncios de automóveis de um jornal dominical, no Chile, nas férias de julho.
O resultado foi assustador: Toyota Corolla, por US$ 17,000.00; Mitsubishi L200, por US$ 18,000.00 e assim por diante.
Ao me informar do motivo dos preços "baixos" praticados naquele país, descobri que a carga tributária era de 3%.
Será que apenas uma grande retraçäo das vendas em nosso país poderá desencadear, algum dia, a queda dos impostos?

Yúdice Andrade disse...

Jamais, Scylla. A retração econômica, no Brasil, desencadeia providências que penalizam os trabalhadores, com demissões ou pacotes destinados a reduzir-lhes a remuneração. As fábricas também podem escorchar as concessionárias e, no final, quando não houver mais jeito, baixam o preço, para minimizar os prejuízos. Mas nada além disso.
Por outro lado, o grande vilão é mesmo o governo, com sua sanha tributária psicopática. A arrecadação precisa ser alta para haver muito dinheiro para ser desviado, roubado, desviado e afins. Citaste o Chile, com uma tributação de 3%. A reportagem cita os EUA, com 6%. Eles precisam de menos dinheiro? Não. É que nesses países as perdas para o crime são muito menores. Conheço pessoas que moraram alguns anos no Chile e afirmam que lá é uma pequena Europa, onde se pode viver muito melhor do que aqui.
Finalmente, a tal "taxa de conforto", mencionada pela reportagem, é o quê? Pagar para vencer a burocracia e a ineficiência do serviço público? Só mesmo num país subdesenvolvido. Se a indústria paga por isso, vai repassar as despesas.
É assim que nos ferramos.

Scylla Lage Neto disse...

Concordo.
Só ocluindo (e muito) o ralo que as quatro rodas desatolarão.
A propósito do Chile, não tenho dúvidas de que é o melhor país, no momento, para se viver na América do Sul.
Abs.