Esta é a postagem de número 1888. Com minha mania de relacionar os números das postagens a anos, fui naturalmente induzido a me recordar da assinatura da "Lei Áurea", abolindo formal e definitivamente a escravidão no país, em 13 de maio daquele ano, pela princesa Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon (à direita), àquela altura regente do Império. Graças ao feito, a História oficial que ridiculamente nos ensinaram na escola a cognominou "A redentora". Já a História real nos fez ver que a decisão do Brasil, sempre uma nação subserviente às potências estrangeiras, teve como fator determinante as pressões da Inglaterra, por razões comerciais, pois aquele país desejava ter um maior mercado consumidor para seus produtos no Brasil, o que não seria possível numa nação praticamente sem força de trabalho assalariada.
Como recordar é viver e eu gosto muito disso, pensei no que mais de relevante aconteceu naquele ano. Graças às facilidades da Wikipedia, observei que em 1888 houve avanços científicos, quanto ao estudo dos neurônios (Santiago Ramón Y Cajal) e à patente do pneumático (John Boyd Dunlop). Também foi o ano em que Jack, o estripador, fez seus estragos em Whitechapel.
No mundo das artes, foi o ano em que o pintor holandês Vincent Van Gogh cortou a própria orelha, pelo que é tão lembrado quanto pelo valor de sua obra pictórica, e em que nasceu o poeta português Fernando Pessoa, cuja legião de adoradores explica as frequentes citações de seus versos em tudo quanto é lugar.
Sem dúvida, um ano emocionante. Principalmente no Brasil.
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