Não é só o portal Globo.com que se dedica às frivolidades. A Folha também incorre nesse pecado, embora — justiça se faça — com menor frequência, já que não precisa alavancar a imagem de pseudo-celebridades. Encontrei, agorinha, uma pérola de reportagem, informando quais eram os cachorrinhos de estimação dos presidentes americanos. De quebra, informaram sobre a preferência de Lula. Nem eu, que adoro cães, perderia meu tempo escrevendo uma notícia dessas. Curiosamente, perco o meu tempo falando dela. Vai entender.
Penso que, para quem gosta tanto de guerra, George W. Bush surpreende ao ter um cachorro fofo, de nome fofo. E a antecessora também fazia o estilo fru-fru. Já Barack Obama, dependesse de suas preferências caninas, perderia o meu voto.
Já o presidente Lula cria uma fêmea da raça cane corso, a quem deu o previsível nome de Estrela.
Em 2005, visitei um canil em Itaipava (RJ) onde animais dessa raça eram criados. Foi lá que comprei o meu mascote, o golden retriever Frodo. Na visita, aprendi que cane corso é uma raça muito antiga e com dotes apropriados à guerra. Na Antiguidade e/ou na Idade Média, esses cachorros eram utilizados pelos implacavelmente expansionistas romanos durante os combates, como retrata a gravura aí ao lado. Imagino o que faziam com os adversários. Atualmente, espera-se que sejam animais obedientes e leais aos donos, mas implacáveis na proteção dos seus. Posso assegurar-lhes que o bicho — vigoroso, musculoso, com cara de mau — é bastante eficiente na arte de contra-indicar invasões de domicílio. Se quiser colocá-lo à prova, o problema é seu.
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