O Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, recebe mais uma vez, a partir de hoje e até o dia 9 de novembro, o Salão do Automóvel, evento que chega a sua 25ª edição e que, na última, em 2006, recebeu a visita de mais de 622 mil pessoas, tendo 155 expositores e ocupando 88 mil metros quadrados. Sucesso absoluto. O maior acontecimento da indústria automobilística brasileira acontece a cada dois anos desde 1960 e atravessou, como não poderia deixar de ser, os altos e baixos da política e da economia brasileira.
Crise do petróleo, discurso desenvolvimentista, concorrência do mercado internacional, as "carroças" do Collor, as novas tecnologias, turbulências econômicas globais, a preocupação ambiental... Tudo isso e mais um pouco passa pela história do automóvel, mundo afora.
Como bom brasileiro, louco por carros, morro de vontade de visitar o salão um dia. O problema é a época de sua realização, proibitiva para quem regula as suas atividades por um calendário acadêmico. Quem sabe calha de eu precisar fazer algo na capital paulista por ocasião do evento. Mas agora só em 2010.
Acompanhando uma linha do tempo do Portal Globo, o interessado pelo tema tem acesso a informações curiosas. Chamou a minha atenção, p. ex., saber que no distante ano de 1974 foi apresentado um carro elétrico. E nacional. Era o Itaipu, da Gurgel Motores, que tendo à frente o aguerrido engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, sempre esteve empenhadíssima em produzir um automóvel genuinamente nacional que fosse competitivo no mercado. Apesar de visionário, Gurgel jamais contou com o apoio de que necessitava e acabou vendo o sonho soçobrar.
34 anos depois do Itaipu, os carros elétricos e os híbridos são as principais vedetes dos salões congêneres por todo o mundo. Mas convenhamos: design nunca foi o forte dos carros da Gurgel. Dê uma olhada na lata (sem trocadilhos) do Itaipu. Medonho, não? Com todo o respeito. Quem for ao salão deste ano se deparará com o futuro: dentre outros, o GM Volt (à direita).
Para visitar o salão, um adulto paga 30 reais. Bem razoável, considerando que é um mercado de valores superlativos. Mas os organizadores mandam um recado bem ostensivo: "Não compre ingresso de cambistas. Se comprar, com certeza terá problemas no acesso ao Salão Internacional do Automóvel."
Com certeza, viu?
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