domingo, 5 de outubro de 2008

Mesmo assim

Pode ser a eleição mais ordinária de que me lembro, mas não consigo ficar alheio. Eu realmente me importo com os rumos do país, do Estado e, principalmente, do Município. Afinal, é no Município que vivemos. Por isso, não consigo sair da frente do computador enquanto existe um acompanhamento em tempo real, pela Internet, da apuração dos votos.
Neste momento em que escrevo, a Justiça Eleitoral informa que, aqui em Belém, foram apurados 75,56% dos votos. O maldito está em primeiro, mas a vantagem inicial de 37% dos votos válidos caiu para 35,58%, condizente com a última pesquisa publicada.
Em segundo lugar, nada de Valéria Pires Franco, como alardeado durante meses por um certo veículo de imprensa, que assumiria a prefeitura se ela fosse eleita. Apresentada como a maior probabilidade de derrubar o sedizente, a candidata — e seu nefasto vice — amargam uma quarta posição, decerto sustentada pela saudade que muitos têm do tucanato. Mas a imagem pessoal dos candidatos não adiantou para o sucesso da candidatura.
Em segundo lugar está Priante, que até um dia desses nem sequer tinha domicílio eleitoral em Belém. Tem 18,40%. Se for mesmo ao segundo turno, já vejo Lula em Belém, pedindo votos para ele, com muito maior dedicação do que faria para o candidato do seu próprio partido. E este, Mário Cardoso, é quem está em terceiro lugar, com 17,66% (a diferença já foi menor), ainda com chances de ganhar a vaga do segundo turno.
Cientista político que não sou, acredito que tanto Priante quanto Cardoso têm reais chances de derrotar o malsinado, no segundo turno, mas aí especificamente graças àquelas coisas que só a máquina pública pode fazer por um candidato. Os dois teriam as bênçãos dos governos estadual e federal. E o sujeito lá teria que se valer apenas dos mais escassos recursos municipais para se aguentar, enfrentando aí a pesada taxa de rejeição que sempre exibiu.
De repente, voltei a me interessar por esta eleição.

Atualização às 21h01:
79,39% das urnas apuradas.
Malsinado: 35,45% (caindo lenta mas constantemente!)
Priante: 18,56% (subiu 0,16% em relação à última parcial)
Cardoso: 17,74% (subiu 0,08% em relação à última parcial)
Continuarei acompanhando, mas não atualizando o blog. Isso me deixaria por demais agitado.

4 comentários:

Anônimo disse...

Essa história de MALSINADO, para o grande Duciomar Costa, é coisa de despeitado e nada coerente com alguém que pretende ser chamado de professor e imparcial.
Tenha mais respeito, ouviu?

Yúdice Andrade disse...

"grande Duciomar Costa"? Desde quando? Desde minutos atrás quando você o transformou em estadista? Depois de ele ter chegado a senador e a prefeito graças ao apoio maciço daquelas duas bombas que atendem por PSDB e DEM, já que sozinho ele jamais teria capacidade e votos para isso? Assim como, agora, não fosse pela máquina municipal, também não chegaria onde chegou.
Sou professor, sim. É a minha profissão. Não "pretendo" ser chamado dessa forma.
"Imparcial"? Você não leu o nome do blog? Não viu que, no perfil, eu me auto-denomino "arbitrário"? Quando foi que eu me declarei imparcial, Pedro Bó? Nunca. Muito pelo contrário. Aliás, já fiz uma postagem criticando essa mania de blogueiros de se declarar democráticos. Democrático o escambau. Aqui, no meu espaço, mando eu.
E respeito é para quem tem. Não é o seu caso, muito menos o do sujeito que, para ser defendido desse jeito, deve ser seu parente ou assegurar seu salário.
Comece a rezar, seu doente. Vocês podem até ganhar, mas o segundo turno vai ser uma lasqueira danada. Estou adorando saber que ele terá várias noites insones pela frente!

Anônimo disse...

Calma amigo. tome seus remédios! o Dudurissimo tá eleito, infelizmente. Meu candidato era o Jordy, mas como disse PELÉ a 40 anos atrás, o Brasileiro não sabe votar , pode até aprender, exercitando, mais , ainda falta muito para isso.
ADOLFO ALVES.

Yúdice Andrade disse...

Anônimo defensor do nefasto: engraçado me chamares de "vaidoso" e me classificares como "assalariado", coisa que não és. Quem seria o arrogante, então? Eu recebo salário pelo meu trabalho, sim, e nunca vi nada de indigno nisso. E é um trabalho qualificado, viu? O teu defendido, p. ex., mesmo tendo cursado Direito também, não seria minimamente capaz de fazê-lo.
Além do mais, há autônomos e autônomos. Um profissional liberal é um autônomo, caso dos advogados, que é a minha real profissão. Um vendedor de enciclopédia também e um camelô também. Em qual categoria te inseres? Aposto que na de autônomo que adoraria ter um salário.
Creio que isso é tudo. O resto é desvario teu.

Adolfo, pelo visto a minha advertência quanto aos remédios está se popularizando e, o que é pior, contra mim mesmo!
Prometo tomá-los, meu caro. No mais, concordo com o mérito do comentário.