Caso você não acate a sugestão de tirar uma folga neste final de semana prolongado para muitos, dê uma passadinha no cinema.
Claro que Ensaio sobre a cegueira não estreou e, como me disseram em resposta à última reclamação que fiz, melhor mesmo é nos conformarmos em vê-lo em DVD ou surrupiando direitos autorais em programas de compartilhamento de arquivos. Ou então viaje para algum lugar civilizado, onde os cinemas não sejam Moviecom.
Não escreverei mais sobre isso. O duro é ter que aguentar essa omissão absurda e ver o destaque com que se anuncia a estreia de High School Music 3. Nada que $urpreenda, obviamente.
Ao ver a programação, o que me chamou a atenção foi a quantidade de títulos do cinema nacional. Dos 15 títulos em cartaz, 6 são brasileiros. São eles:
- Era uma vez..., segundo filme de Breno Silveira, que será para sempre "o mesmo diretor de 2 filhos de Francisco". Trata-se de (mais) uma versão moderna de Romeu & Julieta, no manjadérrimo cenário das favelas cariocas dominadas pelo tráfico, seguindo seu curso embora sem muito sucesso.
- O infantil Pequenas histórias, do competente Helvécio Ratton, que me deixa feliz de ver uma obra tão despretensiosa durar tanto. De quebra, dá-nos o prazer de ver Marieta Severo, Patrícia Pillar e Paulo José.
- A comédia Casa da Mãe Joana, repleta de atores globais e dirigida por Hugo Carvana.
- Encarnação do demônio, de José Mojica Marins, que deveria ser um terror, mas acabou considerado uma espécie de comédia pelos poucos que se deram ao trabalho de ir ao cinema.
- Linha de passe, que eu adoraria ver. O filme dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas está sendo elogiado pela crítica e rendeu nada menos do que a Palma de Ouro de melhor atriz para Sandra Corveloni em Cannes, este ano (na foto, com dois colegas de elenco e o prêmio). Acha pouco?
- Última parada 174, de Bruno Barreto, reconstruindo o trágico sequestro com vítimas, no Rio de Janeiro, em 2002, que se tornou símbolo de incompetência policial para lidar com situações de conflito (oportuno, não?). O filme foi mal recebido em suas primeiras exibições, em festivais. O famoso documentário Ônibus 174, que alçou José "Tropa de Elite" Padilha ao estrelato, certamente é muito superior.
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