E essa, agora? Dois irmãos, de 15 e 12 anos, sequestraram uma criança de 11 na cidade paranaense de Apucarana e ligaram para os parentes da vítima, exigindo um resgate de dois mil reais! É a criminalidade teen. E olha que o mais velho, provável mente criminosa da dupla, já teria sequestrado pessoas em três ocasiões anteriores. A polícia encontrou o cativeiro, onde havia um telefone celular, uma faca de cozinha e algemas de plástico e de madeira. O refém foi libertado. É o mundo cão!
Esses moleques são tão sem noção que o valor exigido a título de resgate chega a ser risível, mesmo num presumível contexto de vítimas pobres. É um caso claro de imitação daquilo que se vê a todo momento na imprensa, que adora dar enorme destaque ao crime, inclusive contando detalhes. Qualquer um lê e imita, com as adaptações e limitações que suas condições concretas imponham.
Eu me imagino negociando com os sequestradores:
— Olha só, garoto: dois mil reais é muito! Eu te ofereço dois cartuchos de Nintendo e olhe lá! Do pirateado!
— Pô, tio! Não dá pra ser quatro, não?
— Tá bom, tá bom, quatro. Mas tem que ser pirateado.
— Tudo bem, eu só tenho piratex, mesmo.
[Voz do segundo sequestrador.] — Pelo menos isso acaba logo. Daqui a pouco a mãe chama pra janta!
PS — Reconheço que a piadinha, além de infame, está muito urbana. Não sei se refletiria a realidade da aprazível cidade de pouco mais de 120 mil habitantes, cuja economia depende basicamente da agricultura e de uma indústria de bonés. Caso não, podemos adaptar. Algum cidadão apucaranense (é esse o gentílico?) se habilita?
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