quinta-feira, 23 de outubro de 2008

3 meses

O dia 23 de outubro vai-se acabando. Daqui a pouco mais de meia hora se terá findado. Minha filhotinha completou três meses hoje. Como todos gostamos de ciclos e de números inteiros, isso era motivo de comemoração. Daí que comprei um bolo para simbolizar o momento. Nada de festa. Apenas o convite para as pessoas da casa de minha mãe. De repente, alguém podia aparecer de surpresa. Além do mais, fazia muito tempo que eu não saboreava um bolo de morango da Tia Maria. Muito mesmo. E olha que adoro aquela combinação de pão de ló com creme. Hoje demos sorte e o bolo estava mais saboroso do que nunca.

Todavia, as coisas não saíram exatamente como esperado. Os familiares de Polyana não moram em Belém. Dos meus, dois tinham compromissos, justamente minha mãe e meu irmão, que é o padrinho. Mas o pior mesmo foi que a dona do dia, provavelmente por sono, resolveu criar o maior caso e gritou o que pode. Sossegou apenas quando adormeceu. Daí que não estava mais disponível na hora de cortar o bolo. Não houve cantoria, palmas nem nada. Nem ela, claro. Restou-nos ficar em volta da mesa elogiando o bolo de morango mais gostoso de que me recordo.

Júlia usufruirá dele no leite materno. Do bolo e dos pãezinhos recheados de queijo da Abelhuda, adorados por Polyana.

Ter crianças em casa é assim mesmo: as coisas acontecem no tempo delas. Você pode até preferir de outro jeito, mas compreende que elas possuem necessidades muito particulares e, às vezes, intransponíveis. O que importa é que ela está dormindo candidamente, feliz e satisfeita. Exceto por duas mamadas noturnas, vem aí pela frente mais uma madrugada tranquila, como todas têm sido, se Deus quiser, com as inevitáveis ressalvas dos cuidados que um bebê exige. Mas e daí? Tê-la é um deleite.

Veja aí ao lado a carinha dela, morrendo de rir ao ver a cachorra de minha mãe brincando com uma bolinha, há quase duas semanas. A cachorra brincava sozinha e Júlia foi a única que reparou nela. Quando vimos, lá estava a garotinha às gargalhadas. Foi a primeira vez que gargalhou. Foi a primeira vez que fixou a atenção em algo tão particular, por tanto tempo, por iniciativa própria. E o cordão de bobos em volta, achando tudo maravilhoso. E tirando fotos, obviamente, como essa aí ao lado.

É isso aí. Todo dia uma novidade. E todo dia a renovação desse sentimento único de plenitude, de realização, de felicidade. E como não poderia ser assim, vendo esse sorriso pelado?

Feliz vida, meu amor. Deus te abençoe.

Uma noite maravilhosa para todos vocês. E um delicioso amanhã.

7 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

Saúde para a menina Júlia!

Luiza Montenegro Duarte disse...

É até desnecessário dizer que essa foto é linda. Luminosa, espontânea, alegre. Só passa sentimentos bons e puros, como deve ser uma criança.

Felicidade à Júlia e aos seus papais bobos, como é inevitável ser! :)

Yúdice Andrade disse...

Saúde sempre, meu amigo! E toda a felicidade possível, além de um pouco da impossível.

Bobos até demais, meu anjo. Mas há motivos para tanto, não? Abraços.

Luiza Montenegro Duarte disse...

Há todos os motivos do mundo!!! Ser bobo assim é maravilhoso! Melhor é saber que por alguns muitos anos ainda ela vai abobalhá-los. Ainda tem as primeiras palavras, as primeiras gracinhas, as primeiras letras, pinturas, cartões de dia dos pais na escola, peças de teatro.. ixii, melhor parar que eu só tenho 23 anos e tô ficando com vontade! hahaha

Abraços.

Yúdice Andrade disse...

"Ficando com vontade", hein? O que o namorado achou disso? Ahahahahah
É uma delícia, sem dúvida. Mas não recomendo para quem não tem estrutura para isso, a começar pela emocional, que a meu ver é a mais importante. Se bem que, no teu caso, acho que tens estrutura suficiente.
Vais pensar a respeito? ;)
Abraços.

Luiza Montenegro Duarte disse...

O namorado nem SONHA que eu disse uma coisa dessas!!! Hahahha
Tenho plena consciência que criar filhos vai muito além de se deliciar com sorrisos lindos como o dessa foto, então, certamente penso à respeito, mas em um futuro ainda um pouquinho distante, com o cuidado e a programação que um momento como esses exige (ou, pelo menos, assim deveria ser).
Por enquanto, me abobalho com os filhos alheios, esperando pacientemente a minha hora! :)

Yúdice Andrade disse...

Se quiseres, posso emprestar a Júlia para momentos de inocente babação, sem riscos de nenhuma espécie. Em que endereço mando entregar?
PS - Devolução obrigatória!!