Talvez você ensine as primeiras habilidades aos pequenos e, com isso, suas funções se confundam um pouco com a da mãe ou de uma babá. Talvez você lhes ensine as primeiras letras, coisa que um dia eu tentei fazer, sem muito sucesso.
Talvez você atue nas primeiras séries do ensino fundamental, lidando com emoções tão neófitas na vida que precise se virar para dar uma de psicólogo.
Talvez você conviva com pré-adolescentes, efervescendo em hormônios e dúvidas, confundindo a escola com a casa, com a rua, com o próprio coração.
Talvez você lide com jovens, querendo viver a mil, protestando contra tudo, querendo tudo ao contrário, querendo sabe-se lá o quê, e começando a pensar que existe um tal de futuro esperando — e cobrando — a tomada de posições.
Talvez você, como eu, lide com jovens — e outros nem tão jovens assim — já na universidade, falando em conquistar espaços, em solidificar carreiras, em projetos para toda a vida ou na falta de tempo para realizar tudo.
Talvez você lide com pessoas maduras que somente agora conhecem as primeiras letras, lutando contra as próprias limitações e renovando sonhos.
Notou? Em todos os casos, nosso trabalho é lidar com gente, com as mais profundas emoções e decisões. Não é nada fácil. E não há nada melhor.
Feliz dia do professor.
2 comentários:
Parabéns, professor! :D
Continue sendo do jeito que o és!
Tanto em sala, como fora dela também!
Abração!
:)
Na verdade, tentando melhorar, CT. Isso sempre é necessário. Mas agradeço a opinião gentil. Abraço.
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