Há alguns anos, meu irmão Hudson Andrade, que é ator e dramaturgo e que aparece aí na imagem em sua caracterização para a peça A comédia dos erros — que logo será encenada novamente (aguarde mais um "jabá fraterno") —, funciona como assistente de direção do "Auto do Círio" (este ano entusiasticamente abordado no Jornal Liberal 1ª edição do sábado, com ênfase para a expressão "homenagem respeitosa dos artistas"), trabalhando diretamente com o diretor Miguel Santa Brígida (este também tombado como diretor do espetáculo). Mas ele acumula também a função de escrever alguns dos textos declamados ao longo das estações. Este ano não foi diferente. Consoante vocês podem ver no programa que ainda mantenho aí ao lado (hoje), a ficha técnica indica a autoria dos textos.
A última declamação foi feita pelo ator paraense de expressão nacional Cacá Carvalho e o texto é do fratello, que está mais insuportável do que nunca com os elogios que recebeu do mencionado ator. Reproduzo, então, a mensagem com que a imagem da Santinha foi mandada aos céus na última sexta-feira:
De quinze em quinze tocam os sinos das igrejas de Belém: Paz e Bem, Paz e Bem, Paz e Bem.
Tenha a paz aquele que de dois fez um. Que destrói o que é de si, o que é de meu, o possessivo. Que mistura o branco, o preto, o amarelo e o vermelho numa coisa nova, numa coisa nós.
De hora em hora soam os sinos das igrejas de Belém: Paz e Bem, Paz e Bem, Paz e Bem.
Faça-se a paz àquele que esteja longe, que diverge, o outro sexo, o desejo diverso, a crença diferente, seja ele doce, salgado, fruta, peixe, ou pão.
Faça-se a paz àquele que esteja perto: o filho, o neto, o irmão de raça, o que serve e o que governa.
Repica o sino ao que vai, ressoa o sino ao que vem: Paz e Bem, Paz e Bem, Paz e Bem.
Não seja o homem seu próprio lobo nem a mulher daninha erva.
Bem e Paz ao azul e branco do céu de setembro, ao azul anil do meio da noite.
Paz e Bem às pedreiras do Guamá, às terras firmes da Cremação, ao comércio da Marambaia, aos jurunas, tamoios, apinajés e tupinambás.
E o sino retine, conselheiro, para alguém: Paz e Bem, Paz e Bem, Paz e Bem.
Abram-se as portas de todos os teatros, acendam-se as velas das igrejas e dos terreiros, queimem incensos de patchouli, requebrem o lundu na escadinha do rio, bebam suco de jambo nas cadeiras das calçadas, chupem manga na pracinha das Sereias, tudo isso com a despreocupação de outrora, quando a chuva dividia a tarde e era gostoso correr molhado no meio da rua.
Bem e Paz ao seu vizinho, Paz e Bem ao seu mindinho; bom dia, amigo, Saúde, irmão.
Hoje (mãos ao alto!) sob o manto estrelado da Virgem Morena, já não somos estrangeiros.
Em frente à Santinha no Glória somos todos brasileiros!
E o Pará, a estrela no alto da bandeira
Há de ter, como merece, paz na terra, paz no coração.
E unidos ao coro dos anjos, os sinos dizem amém:
Paz e Bem, Belém, Paz e Bem!
A última declamação foi feita pelo ator paraense de expressão nacional Cacá Carvalho e o texto é do fratello, que está mais insuportável do que nunca com os elogios que recebeu do mencionado ator. Reproduzo, então, a mensagem com que a imagem da Santinha foi mandada aos céus na última sexta-feira:
De quinze em quinze tocam os sinos das igrejas de Belém: Paz e Bem, Paz e Bem, Paz e Bem.
Tenha a paz aquele que de dois fez um. Que destrói o que é de si, o que é de meu, o possessivo. Que mistura o branco, o preto, o amarelo e o vermelho numa coisa nova, numa coisa nós.
De hora em hora soam os sinos das igrejas de Belém: Paz e Bem, Paz e Bem, Paz e Bem.
Faça-se a paz àquele que esteja longe, que diverge, o outro sexo, o desejo diverso, a crença diferente, seja ele doce, salgado, fruta, peixe, ou pão.
Faça-se a paz àquele que esteja perto: o filho, o neto, o irmão de raça, o que serve e o que governa.
Repica o sino ao que vai, ressoa o sino ao que vem: Paz e Bem, Paz e Bem, Paz e Bem.
Não seja o homem seu próprio lobo nem a mulher daninha erva.
Bem e Paz ao azul e branco do céu de setembro, ao azul anil do meio da noite.
Paz e Bem às pedreiras do Guamá, às terras firmes da Cremação, ao comércio da Marambaia, aos jurunas, tamoios, apinajés e tupinambás.
E o sino retine, conselheiro, para alguém: Paz e Bem, Paz e Bem, Paz e Bem.
Abram-se as portas de todos os teatros, acendam-se as velas das igrejas e dos terreiros, queimem incensos de patchouli, requebrem o lundu na escadinha do rio, bebam suco de jambo nas cadeiras das calçadas, chupem manga na pracinha das Sereias, tudo isso com a despreocupação de outrora, quando a chuva dividia a tarde e era gostoso correr molhado no meio da rua.
Bem e Paz ao seu vizinho, Paz e Bem ao seu mindinho; bom dia, amigo, Saúde, irmão.
Hoje (mãos ao alto!) sob o manto estrelado da Virgem Morena, já não somos estrangeiros.
Em frente à Santinha no Glória somos todos brasileiros!
E o Pará, a estrela no alto da bandeira
Há de ter, como merece, paz na terra, paz no coração.
E unidos ao coro dos anjos, os sinos dizem amém:
Paz e Bem, Belém, Paz e Bem!
6 comentários:
Meu caro, dê um cheiro no insuportavel, na Poli e na Júlia... Mas a de se considerar que este um tem competencia imensa no que escreve (no que acredito ser defeito de família)... um abraço a todos...
Irmão?
Isso é nepotismo sórdido.
Paz e bem para os demais que não têm essa chance.
Acaba com essa proteção fraternal e deixa que outros, de fora da família, reconheçam o suposto valor que o teu irmão talvez possa ter (?), caro mestre.
Olhos de amigo, meu caríssimo Jesiel. Abraços.
Anonimozinho, tu te incomodas muito comigo, mesmo, não? A tua necessidade de vir aqui a todo momento me criticar se eu falo do ar, da terra, do fogo ou de nada é incontrolável. Deves ter, pelo que se vê, uma vida muito preenchida.
"Nepotismo"? Quem foi que soletrou essa palavra para ti? Acaso achas que meu irmão ganhou algum contrato milionário do governo por ter seu nome citado aqui neste bloguinho? "Sórdido"? Como obviamente não tiveste mãe, porque ventre nenhum no mundo pariria algo assim, não sabes o que é família para compreender o que possa significar eu escrever sobre meu irmão. E ainda tenho que aturar a tua consciência social. Senhor, olhai para isso!
Publiquei o comentário. De vez em quando, gosto de deixar meus leitores verem o nível de certos anônimos que passam por aqui. Porque sei a avaliação que farão, atribuindo o suposto valor que tu possas ter, criaturazinha vazia, raivosinha, covardezinha (sempre escondida, né?) e, principalmente, absolutamente solitária.
cara té es parente de nepotes. Puxar saco de irmão em blog é demais, manda rabalhar esse vagabundo , arte é pára quem nasceu em berço de ouro.
Anônimo doente e semi-analfabeto, o teu caso é tão sério que decidi fazer uma postagem a respeito. Aproveita que é só hoje.
Querido irmão,
obrigado pelo comentário. Fiquei sinceramente emocionado.
Quanto ao tal anônimo, deixa ele de lado. O mal por si mesmo se destrói.
Entupe tuas artérias com esse bosta, não!!!
Beijos!!!
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