quarta-feira, 20 de junho de 2007

Conta comigo

Ontem, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará teve o seu maior quórum deste ano: compareceram 35 dos 41 deputados. Isso ocorre apenas quando há matérias importantes por votar. E havia: o reajuste dos próprios vencimentos. Nossos parlamentares se autoconcederam um reajuste de 28,5%, o máximo possível, pois o teto constitucional determina que recebam até o limite de 75% do que auferem os deputados federais, cujo vencimento é de R$ 16.512,09. Os paraenses sobem de R$ 9,6 mil para quase R$ 12,3 mil, mas isso é apenas a "inflação acumulada nos últimos quatro anos".
O acontecimento teve repercussão nacional pela imprensa.

6 comentários:

Anônimo disse...

Sempre ouvi falar que uma laranja podre estraga todo o suco.
Enquanto não renovar totalmente as nossas câmaras municipais, assembléias legislativas e o congresso nacional, vai ser a mesma sem vergonhice.

Yúdice Andrade disse...

É por isso que precisamos fazer trabalho de formiguinha para conscientizar as pessoas quanto ao voto. Pois os políticos jamais investirão em educação, pois isso lhes custaria os pescoços. Logo, o trabalho recai sobre as pessoas de bem.

toniachalu disse...

O pior é que não se pode nem dizer que eles, nesse caso os deputados, não entenderam que o teto, como o próprio nome indica, é o LIMITE da remuneração, o que quer dizer que adequá-la ao teto sempre que o paradigma (no caso, a remuneração dos d. federais) subir, é medida temerária e que desvirtua o propósito constitucional. Eles sabem muito bem disso.

O que eles não sabem é que a remuneração é contrapartida, ou seja, o valor tem que fazer jus ao que se trabalha. E se isso fosse colocado em prática, haveriam votações sucessivas para votar em massa a proposta de DIMINUIÇÃO da remuneração.
Sobre isso, ou não sabem ou fingem não saber.

O problema é que os cidadãos não lembram disso, e não vêem que diante do aumento desses vencimentos, a cobrança por "atividade parlamentar", "criação de vias alternativas", "audácia trasnformadora" e "proteção dos direitos firmados" deveria aumentar em proporção adequada.

Mas quem cobra? ? ?

Reclamar é fácil. O que se precisa é expor esse tipo de engasgo em ambientes como estes do teu blog, que é, por óbvio, público. Mas isso é apenas uma das maneiras de se fazer algo. O importante é fazer. Do contrário, a revolta entalada na garganta finda prejudicando aquele que não grita, não é verdade!?

Beijos, querido Yudice.

Aldrin Leal disse...

Ana Paula,

Cristóvam Buarque passou aqui e mandou dizer que a culpa é toda da educaçäo :).

Educaoque, mizifia?

Ah sim, explicando: Como renovar algo que somos incapazes de lembrar? Como saber que Sibá, Wellington, e Nery eram, originalmente, Marina, Hélio, e Ana?

Fidelidade Partidária, Educação, Conscientização e Explicação. Temos que cobrar isto diariamente deles. Em tempo: Você sabe o e-mail do representante do legislativo que *VOCÊ* elegeu? Eu sei. E bem. :)

Unknown disse...

e eu querendo um salário mínimo por meio turno já estava me achando pretensioso (e ainda acho). Mas essas pessoas já perderam o bom senso há tempos...

Yúdice Andrade disse...

Boa idéia , Tônia: vamos começar a cobrar a consumação dos serviços por que pagamos. Se surgisse um doido para fazer isso, seria um quiproqüó danado, aposto que com repercussão nacional pela imprensa.
Aldrin, já é sorte eu me lembrar em quem votei. Mas eu sempre me lembro.
Carlos Thiago, estagiário não deve receber dinheiro, para não contaminar sua aprendizagem com essas coisas menores. Ele deve se sentir grato por obter conhecimento - isto sim o que interessa! Ahahahahahah