quinta-feira, 7 de junho de 2007

Copiadores

Vi pela TV, e com enorme intranquilidade, a notícia do ônibus incendiado aparentemente sem nenhum propósito, já que não houve assalto, primeira hipótese a ser cogitada. Homens que não querem roubar destroem o veículo e ainda despejam gasolina nas pernas do motorista, num provável impulso homicida irracional.
Na noite seguinte, outro atentado do mesmo gênero. Desta feita, houve anúncio de assalto, que não se concretizou, levando à suposição de que, como no primeiro caso, inexistisse verdadeira intenção de roubo. A violência aumentou e a vida de um maior número de pessoas foi exposta a risco.
O título desta postagem é uma alusão a uma espécie de sociopatas. Os copiadores são aqueles que simplesmente copiam os delitos alheios, o modus operandi. Ao repetirem crimes de outrem, não são movidos pelos mesmos objetivos do criminoso original. Perseguem uma estranha concepção de fama, um desejo de se sentirem famosos e temidos. Querem mostrar poder. Logo de cara, pensei nos alucinados do Rio de Janeiro, que adoram ameaçar a população civil incendiando veículos, especialmente ônibus. Mas em geral são traficantes, medindo forças com a polícia. Esses sujeitos daqui não estão nesse contexto. O que desejam, afinal?
A hipótese levantada (represália de rodoviários insatisfeitos com o recente movimento grevista) não me diz nada. Sei que esses grevistas são gente perigosa, mas bloquear ruas é uma coisa; quase incendiar pessoas é outra. Não sei. Nada sabemos. De certo, se há intenção é causar pânico, já conseguiram o objetivo. Duvido que alguém saia de casa, hoje, nos ônibus noturnos que trafegam por regiões periféricas, sem medo real. Como não se conhece um motivo, deduz-se que os ataques podem ocorrer a qualquer momento, em qualquer lugar.
Melhor as autoridades fazerem alguma coisa logo. Imediatamente. Antes que o pânico se instale de fato.

PS — De louvar-se a atuação da polícia que, segundo os jornais de hoje, conseguiu prender os criminosos que realizaram ou tentaram sequestros relâmpagos na cidade — três em três dias. Oxalá tal eficiência se espalhe por toda a cidade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Para não fugir a regra, a violência continua a imperar na nossa cidade, tendo desta vez um assalto, seguidio de morte ao supermercado Lider, na manhã de Corpus Christis. O gaurda, como raramente acontece, cumpriu o seu papel, com êxito, em defender o patrimônio dos Rodrigues, mas contudo perdeu a vida.
A notícia do assassinato é muito triste, porém para completar o desfecho, os Rodrigues não tiveram a menor consideração e respeito com o funcionário, mantendo as portas abertas e continuando a a faturar, ignorando o feito de seu ilustre funcionário.
Faço votos que ele perca toda a sua fortuna.

Yúdice Andrade disse...

Cara Ana Laura, eu não faria os mesmos votos, mas lamentaria muito se pessoas em tão boas condições não prestassem apoio e solidariedade à família. Mesmo que não tivesse morrido no cumprimento do dever, não custa nada mostrar apreço e consideração por quem foi um bom funcionário.