Segundo os camelôs da Presidente Vargas, em frente ao finado Central Hotel:
Com a chegada da loja de departamentos, as vendas podem ficar difíceis. Então a prefeitura usa dinheiro público para dar uma polpuda indenização a todos os camelôs (1 milhão deve estar bom), justificando-a por tirá-los da calçada que eles utilizam como uma espécie de direito líquido e certo, só porque foram autorizados. Eles então poderão usar esse dinheiro (público, não se esqueça) para abrir um novo negócio. Talvez em outra rua, preferencialmente sem pagar impostos.
Segundo este arbitrário:
Um prefeito de verdade toma posse e notifica os camelôs de que serão retirados dos logradouros públicos de Belém em 30 dias. Findo o prazo, os camelôs são efetivamente retirados e as ruas e calçadas voltam a pertencer a todos, indistintamente. Apesar do apoio policial, não há conflitos. Os trabalhadores que aceitaram a proposta da prefeitura são remanejados para um local adequado. Os que não, arcam com os ônus de sua própria decisão. Numa manhã de domingo de junho, eu e minha família acompanhamos o arrastão do Pavulagem caminhando por calçadas completamente livres.
4 comentários:
Caro senhor.
Permita-me aproveitar o espaço de seu blog para fazer um comentário que creio seja pertinente.
Possuo uma moto de 125 cilindradas que agora dia 15 de junho, encerra-se o prazo para seu licenciamento anual.
Quando chegou às minhas mãos o boleto para pagamento indignou-me o valor cobrado 333,18, isto sem nenhuma multa. Agora, o que mais acirrou-me a revolta foi verificar que o seguro obrigatório era de 184,21 (DPVAT).
Procurando saber da exorbitancia do valor do selo e do seguro, foi-me informado por um corretor, que o governo tinha alterado o valor do imposto para carros e motos (para cima, é claro)e diminuido o valor desse mesmo imposto para LANCHAS!!! e que ele mesmo, no momento que me informava disto, estava selando uma lancha no valor de 1.800.000,00 cujo seguro obrigatório era de 18,00 (DEZOITO REAIS), o senhor não está lendo errado é 18,00 mesmo!!!.
É ou não é um modelo perverso que privilegia quem tem muito em detrimento de quem tem pouco, com o beneplácito de nossas ditas autoridades.
Infelizmente a sensibilidade desses senhores pelas questões populares é que tem levado este país aos maiores números de violência, as vezes nem comparável a paises em guerra.
Ou muda-se o modelo ou teremos a barbárie que não separará-infelizmente- o joio do trigo
Caro anônimo, agradeço a contribuição, que nos permite ver que mundinho é este em que estamos. Tenho um automóvel e todo ano me revolto com o valor absurdo que preciso pagar ao DETRAN. O detalhe é que ele mesmo fixa os valores de seus serviços, de modo que a coisa funciona na base da boa e velha extorsão: cobro quanto me der na telha e quem quiser que pague. Como não temos escolha, todos pagamos.
No seu caso, temos uma agravante, que é a desproporção entre os custos de uma motocicleta (valor baixo) e os de uma lancha (valor drasticamente superior). Sua crítica é irretocável: quem mais dinheiro tem e portanto menos precisa de benesses, é quem mais as recebe.
Indecente, imoral, canalha. Grato pela visita e pela denúncia.
Yúdice há que ver a recorrência, fato fundamental na formação do custo de apólices de seguro. Quanto maior for a quantidades de ocorrências, maior o custo da cobertura.
Motocicleta é barra!
Sem dúvida, anônimo, você está certo. Todavia, a disparidade é absurda e é isso que nos deixa escandalizados. Se o número de ocorrências influencia o custo do seguro, o valor do bem é igualmente importante. O seguro de um Palio ou de um Gol pode ser proporcionalmente maior que o de um Honda Accord, um Ford Fusion ou um SUV. Mas o preço final não é. Há quem pague 9.000 reais pelo seguro de uma Toyota Hilux, mas nunca de um Palio. Esse é o cinismo da coisa.
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