quinta-feira, 7 de junho de 2007

Eu quero

Cemitério museu
Projeto da Fumbel de transformar o cemitério da Soledade em primeiro Cemitério Museu do Brasil, com espaço para música, literatura e artes cênicas, está a caminho do mundo dos vivos. Com aprovação de recursos no PPA 2007, o Iphan marcou para o próximo dia 11 reunião para discutir a contratação do projeto. O custo total do projeto é de cerca de R$ 6 milhões e prevê intervenções no trânsito e atividades no entorno do local.

Há anos que eu espero pela concretização do projeto mencionado na nota acima, extraída do Repórter Diário, que foi anunciado originalmente no primeiro mandato de Edmilson Rodrigues. Numa cidade cheia de carências, o museu não era prioridade. Até compreendo, mas a gente não quer só comida; a gente quer comida, diversão e arte. E se vamos investir em arte, que seja num projeto sem par no país, capaz de dar uma visibilidade boa a nossa cidadezinha.
Para começo de conversa, temos que espancar essa frescura (desculpem, mas o termo é esse, mesmo) das pessoas que se tremem todas só de ouvir falar em cemitério e que se recusam em entrar em um, transformado em museu. Frescura e mediocridade. O projeto é importante e eu gostaria de vê-lo consumado o quanto antes. Afinal, o Soledade é um cemitério belíssimo, de grande valor histórico. Hoje às traças, merece esse investimento, que garantirá a sua conservação perpétua, com uma finalidade nobre.
Que venha o nosso museu Soledade!

11 comentários:

Aldrin Leal disse...

Eu o faria 24 horas. A unica ressalva é que eu deixaria alguem da policia ambiental pra forçar a lei do silêncio.

Porque? Fechar um cemitério a noite é tão propício a crimes de profanação e saque. Deixe-o iluminado, faça um museu e você tem uma praça pública. A noite traz saudades, certo? Apenas deixe alguém pra policiar o barulho e proíba alcool. Porque o sono pode ser eterno, mas o que vai ter de gente querendo por isto à prova. :)

-- Aldrin Leal, Urbanista Amador.

Anônimo disse...

1ª sugestão: chamar o Oscar Niemayer para fazer o Mausoleu dos Notáveis Paraenses, dentro do Soledade.
fepl

morenocris disse...

Aleluia e Amém, Yúdice !!!!

Beijos.

Yúdice Andrade disse...

Aldrin, excelentes sugestões. Assino embaixo, sem ressalvas. Confesso que ainda não pensara a respeito, mas essa vigilância é essencial para o sucesso do empreendimento. Afinal, muita gente maluquinha vai querer usar o espaço pelas madrugadas, para suas loucuras góticas ou sei lá o quê. Nem todos estarão bem intencionados. É melhor ter cautela.
Caro fepl, não estou certo se o Niemayer seria uma boa idéia. Faço muitas ressalvas ao trabalho dele. A catedral de Brasília, que conheço pessoalmente, me parece uma alcachofra horrorosa. Acredito que seja vingança dele, por ter sido forçado a projetar uma catedral, o que ele não queria, por ser na época um comunista radical. E aqui em Belém ele projetou o Memorial da Cabanagem que, convenhamos...
Amém, Cris. Beijo.

Aldrin Leal disse...

Eu também o extenderia ao Santa Izabel. Com relação ao preconceito, eu evoco meu lado italiano e lembro de San Genaro: Exceto que a festa foi pro buraco (da palmeira), nos anos anteriores, ela simplesmente aconteceu entre três cemitérios: Soledade, o Israelita, e existe (existiam) alguns tumulos aonde era o Kennedy (hoje Universo Kids, acho).

Trivia inútil: Quanto ao da cabanagem, não sabia que era do Niemeyer. Mas faz sentido, sempre tem uma piada implícita dele. A sacanagem nos corredores da UFPa (tempos de engenheiro - humor pião para pião) era comentar que aquele design era pra responder a seguinte pergunta: "Aonde que eu posso fazer putaria?"... Repare que a mão (embora a mão tenha outro simbolismo - Os descendentes os cabanos tinham o polegar amputado para não poder empunhar carabinas e rifles) aponta para o complexo moteleiro do coqueiro (rimou).

Aldrin Leal disse...

Pensando bem, o destino de San Genaro é meio que coisa de argentino: Passou tanto tempo sendo ao lado de gente que está a sete palmos, que eles quiseram mostrar que conseguiam ficar a mais de sete palmos da vizinhança. :)

Haja ego.

Aldrin Leal disse...

Aliás, parece que já temos um garoto-propaganda em potencial

-- Aldrin Leal, Joselito Profissional.

morenocris disse...

ei Aldrin...meu visitante da meia noite..(dark)...vc é 10.

Beijos aos dois.

Anônimo disse...

Em Brasília, o Oscar projetou os Memoriais do Juscelino e do Tancredo, q.d., tem curiculo

Yúdice Andrade disse...

Caro Aldrin, sempre soube que o Memorial da Cabanagem era uma mão (desculpe o cacófato) apontando para os abatedouros.
Caro anônimo, ninguém em sua sã consciência negaria o talento, os méritos e o currículo de Niemayer. Só acho que há muita mistificação em torno de seu nome e sua obra. Basta ver que todo mundo jura de pés juntos que foi ele quem projetou Brasília, quando na verdade ele fez os monumentos, mas não a cidade em si, que foi a primeira planejada do país. Acho que há outros nomes que podem ser lembrados, desde que nenhum demente sugira um tal de Paulo Chaves.
Por fim, o trabalho de Niemayer aqui em Belém realmente é bem feinho.

Anônimo disse...

Brasília, como cidade foi projetada por Lúcio Costa, maravilhoso arquiteto e urbanista, que já havia integrado o Oscar em sua equipe, ainda como recém formado, na elaboração do projeto do Ministério da Cultura, em 1936, que aplicou os princípios da moderna arquitetura do genial suisso/francês Le Corbu: brises, pilotis, panos de vidro, estrutura aparente. Mais na frente, em 1946, o Niemayer é escolhido entre dez equipes de dez paises, para projetar o Edifício da ONU, em NY.
Lúcio Costa, tem no seu nome os sobrenomes de sua avó paraense: Ferreira Ribeiro.
Oscar Niemayer, tem no seu nome um sobrenome paraense: Ribeiro.
São descendentes de Pedro Teixeira, do Marajó.