Evidentemente, há um ufanismo uns tons acima da realidade no filme. Inevitável. Chamou-me a atenção, particularmente, a referência à valorização do conhecimento, com a imagem de Benedicto Monteiro cercado por seus livros, quando recentemente li sobre como ele foi ignorado por certos segmentos pretensamente acadêmicos. Mas essas imoralidades sempre acontecerão. O importante é saber que temos um locus de pesquisa, com muita coisa boa, séria e importante sendo produzida, o mais das vezes sem que a sociedade saiba. Pesquisas menosprezadas, por pura ignorância e até mesmo porque as pessoas, em geral, realmente acham que santo de casa não faz milagre. Mas a UFPA faz seus milagres, produzindo conhecimento com tão severas restrições orçamentárias, além de enfrentar os desmazelos do governo federal.
Sinto saudade daqueles tempos. E não permito — leram bem, comentaristas?! — não permito que ninguém ouse falar mal dela. Criticar pode, apontar os defeitos pode, esculachar jamais. A sociedade paraense deve muito à UFPA e eu, então, nem se fala. Devo praticamente tudo que sou.
Assim como a ADUFPA e o DCE, não fui convidado para a solenidade segunda-feira pois, como disse o reitor, convite não se pede, se recebe. Ele tem razão. Mas isso para mim não é um problema. Estou na festa, de qualquer jeito.
Parabéns, UFPA! Vá muito mais além!
Visite:
4 comentários:
Olha, não é por nada não, mas eu prefiro o CESUPA, hehehehe.
Normal, defender a instituição da qual fez, ou faz parte, por um bom tempo. Mas o problema é que, não se pode criticar a UFPA, muito menos falar mal da mesma. Pois, se a mesma não se encontra muito bem hoje em dia, não é por culpa dela, da instituição, sim dos que governam o país, e dos que a governam e governaram diretamente.
Essa do convite foi de lascar!
Como sempre, sua pena acerta no alvo.
Saudações.
P.S. Tardio: Mande por e-mail um endereço para que possa te remeter o solicitado.
Ser aluno de um grande cientista como Cristovão Diniz e seus vidros de maionese - tema de uma matéria de TV há muito tempo - foi uma honra. Tive, claro, outros grandes professores e outros, medíocres. Meu curso não foi nada fácil e apesar de não exercer minha profissão, faria (quase) tudo de novo.
De qualquer maneira, minha formação de ator também começou via UFPA, através da Escola de Teatro e Dança e como ser ator é minha real profissão e paixão de vida, também só tenho a agradecer à Federal peos 5 anos de biologia e 2 de teatro, que me fizeram ser o que sou.
Muitos mais anos de trabalho e ganhos para nosso Estado e essa cidade de Belém.
É, Carlos, o bicho pega justamente naquilo em que a UFPA depende do governo. É de longuíssima data que o governo federal tem sangrado a universidade, impiedosamente. Espero que surja fôlego para vencer esses reveses todos.
Val-André, minha intenção, juro, era apenas homenagear a universidade.
Hudson, assino embaixo. Decerto, todos poderíamos ter feito muito melhor aquilo que fizemos. Mesmo olhando apenas aqueles campos que dependiam estritamente de nós mesmos.
Postar um comentário