sábado, 23 de junho de 2007

Expansão geográfica da malandragem

Ontem, sexta-feira, 22 de junho, por volta de 14 horas, pessoas que ninguém sabe, ninguém viu, afanaram 65 metros de fiação telefônica no Rua Maracanã, do Conjunto Médici I. O conjunto e suas imediações, densamente povoados, ficaram sem telefone. A informação foi confirmada pela própria Telemar, que até foi rápida para promover os reparos. Cerca de 24 horas após o furto, o serviço já estava restabelecido.
A maior lição que se tira do episódio é a incessante banalização da criminalidade. Com cada vez maior desenvoltura, as pessoas veem no crime e no prejuízo alheio uma oportunidade normal, tranquila e satisfatória de ganhar dinheiro. É impossível avaliar que tipos de prejuízos foram suportados pela população atingida. Quem terá precisado de socorro médico e ficou sem pedir? Quem trabalhará em casa, dependendo do telefone, e perdeu um dia de renda? Que outros assuntos importantes foram inviabilizados pela insensibilidade de um ou dois marginais?
Sim, porque o nome disso é marginal. Não dá para contemporizar. Estamos cada vez mais à mercê dos caprichos de malfeitores, cuja alegada necessidade (sabe lá se realmente é uma necessidade ou apenas uma facilidade) sobrepõe-se a tudo, atropela a todos.
Espero que, ao menos, os moradores do Médici comecem a prestar mais atenção, doravante, em estranhos que pareçam de bobeira por ali. Um pouco antes desse furto de fiação, um automóvel foi levado da porta da dona, à luz do dia, sem dificuldades.
Seria bom a polícia se lembrar que o Conjunto Médici também pertence a Belém e que seus habitantes também pagam impostos. Uma rondazinha policial de vez em quando não seria má ideia.

PS — O título da postagem alude ao fato de que esse tipo de furto é muito comum na Alça Viária, p. ex., mas não era comentado lá pelas bandas do brioso bairro da Marambaia. Sabemos que basta ocorrer uma vez para os meliantes copiarem. Se a moda pega...

Um comentário:

morenocris disse...

Obrigada pela visita e pelo link.

Você é amigo, mesmo!

Beijos.