sexta-feira, 22 de junho de 2007

Eles venceram, claro

A Secretaria Municipal de Urbanismo retirou diversas barracas espalhadas pela Rua João Alfredo, que impediam a livre circulação de pedestres, fato notório que constitui uma das piores pragas da cidade. Resultado? O de sempre: protesto dos camelôs, que a imprensa insiste em chamar de "ambulantes", embora eu não consiga entender o conceito de ambulantes fixos.
Consequência do protesto? Voltam as barracas. A prefeitura fez "acordo" com os donos da rua, comprometendo-se inclusive a ser rápida: hoje elas deverão estar disponíveis.
E ainda falam mal da atual administração municipal! Veja só como ela atendeu prontamente os cidadãos. Pena que tenha atendido os 0,000001% que dominam o espaço urbano em detrimento dos restantes 99,999999%.

3 comentários:

Anônimo disse...

Yúdice,

O texto mais recente do meu blog propõe uma solução 100% viável para resolver de forma definitiva a questão dos camelôs na cidade.

Gostaria de ter a sua opinião por lá, analisando os prós e os contras da minha idéia.

A casa é sua.

Um abraço,

Adelino Neto
http://www.coisasdebelem.blogspot.com/

Unknown disse...

Yúdice,

É complicado lidar com a pressão da pobreza latente de Belém, né não? Para onde irão essas pessoas? O que farão para sobreviver? Com uma prefeitura incompetente a coisa fica muito pior.

Não sei como resolver isso. Mas acho que ter um prefeito no mínimo competente e firme nas ações, que saiba agregar os grandes educadores, pesquisadores e instituições da cidade seja um bom começo. Aí talvez vislumbre-se as soluções.

Enquanto as maiores ações da prefeitura forem pintar meio fio com cal e ceder um dia para um pobre coitado ser prefeito, os belemenses estarão perdidos.

Irei agora mesmo visitar o blog do Adelino, que conheço há muito das lutas pelo silêncio na cidade.

Grande abraço!

Yúdice Andrade disse...

Adelino, já fui lá.
Marky, o grande nó dessa situação é a necessidade de subsistência de quem está fora do mercado formal, referencial que jamais podemos ignorar. Por isso mesmo, não sou de opinião que devemos simplesmente limar as pessoas da rua, como muitos querem. Sou de opinião que o poder público deve fornecer-lhes alternativas, pois compete a ele promover a geração de emprego e renda. Porém, alguma alternativa teria que ser aceita, que não permanecer nas ruas.
Sou frontalmente contra a idéia de que a necessidade de subsistência de uns dá-lhes plenos poderes e, por isso, todos devemos suportar a prolifera~ção de camelôs. De modo algum. Sou cidadão e quero minhas ruas, calçadas e praças de volta, inclusive por motivos de segurança pública.